domingo, 21 de agosto de 2016

Dois corpos

A carne tremia, tensa, sobre o móvel da sala
A mente flutuava em fantasias e devaneios
A distância era um álibi que se rezava não diminuir
Queria sim, que permanecesse imensa.
Mas era inútil.
Os dois corpos e as duas mentes se atraíam como imã e ferro.
Podia-se sentir o cheiro do desejo no ar.
Os dois corpos, que estavam distantes,
Se aproximaram, primeiro embalados pela música
Cujo sentido era o feito...
Fazer com que os dois corpos estivessem colados, peito no peito
Para assim sentirem o desejo, bem perto, junto.
Depois o vinho, este foi o motivo da brisa quente e ofegante
No seu pescoço soprar.
Já não podiam se controlar.
O calor já não tinha mais refúgio, estava a exalar,
E a distância que era amiga,
Agora tornara-se o sofrer
Por que aqueles dois corpos se foram
E não marcaram de se rever.

Nenhum comentário: