Foi uma tarde de verão
com o corpo, solto
de todo tamanho
no chão.
Olhando pela fenda que surge
por entre as folhas das árvores
vejo o sol que brilha e some cada vez que o vento sopra.
nisso vejo também uma gaivota
que voando pelo ar suspensa
abre as asas e some nas nuvens brancas... densas
que seguem fazendo formas e perguntando quem viu.
O ar que entra pelo meu corpo
ainda parece mais quente que quando saiu
este ar que é respirado por todos
é do meu peito que insurgiu,
é do seu, é nosso.
O sabor que sinto daquele beijo
é tão gostoso quanto teu abraço
nosso traço, de todos.
Sim, de todos somos um, uns, tantos
que compartilham da mesma terra,
que frequentam a mesma energia a mesma matéria
e que se aproveita dessa matéria para se sentir
parte do chão.
Sento então, olho ao redor,
A solidão que enche minha presença
enfeita de luz o horizonte,
então aquela intensa energia me toma,
percorre minhas fontes de alegria,
lembro que sou tão parte que pertenço a um pedaço.
Pedaço do mundo meu, que faz parte do mundo todo...
... Somos nós... Simples, humanos.... Mortais.
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