quarta-feira, 23 de maio de 2012
Lágrimas e liberdade
É como se tivessem cortado minhas asas
Estava olhando tudo do alto, lá de cima
Era tão bonito.
Via as nuvens passando por mim e sentia
o vento fresco deslizando pelo meu rosto.
Quase sentia frio.
As coisas que se vê lá em cima são raras.
Quase inacreditáveis.
E agora, sem poder voar me sinto inútil.
Como se me tirassem o ar
Como se não podesse mais ver o mundo
novamente.
Estou enclausurada na minha emoção.
Não vejo nenhuma luz apenas escuridão
Meu penar é pesado como um dia de furacão.
Arruinada paixão.
Aquela da liberdade.
Estou trêmula.
Não sinto minhas asas.
Não corro mais.
Não vejo mais minhas companheiras aves.
Não consigo parar de pensar
Quero voltar.
Deixar essa tristeza aqui embaixo.
Rever o céu azul lá em cima,
ver o vazio no vento, olhar o horizonte
tentar buscar, deixar os raios de sol iluminar
a doce revoada do vento.
Sentir o vento soprar pelas minhas asas...
Sentir aquele calor misturado no ar.
Sentir o frio no meu bico pousar.
Ouvir o barulho dos meus irmão de liberdade.
Correr e levantar, numa revoada de bando andar
Batendo minhas asas sem parar
Até depois das nuvens chegar
Beijar o vento tocar o ar
e num rasante me entregar.
Não quero nunca mais pousar
Quero pela eternidade VOAR.
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