terça-feira, 20 de março de 2012

Entro

Perco o sono e visualizo
no espaço obscuro da alma
a cor retinta e trascendente
do espelho que me reflete o sonho
perco-me entre labirintos vazios e ideias
proposituras e condicionantes
que elevam a casta da minha
desnuda timidez
entro...
sem pedir licença
embarco com extrema leveza, o
embargo do teu olhar
corro logo a enxugar
teu pranto temoroso e
esplendoroso sob a
luz deste luar
confio em teu brado
e com as pratas nas mãos
corro a te abraçar
beijo teus dedos
estendo minha mão
procuro-te
bem lá no fundo
desta imensa escuridão
que se ilumina ao entrar em mim
que te levo pela mão.

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