Depois que descobri que nasci realmente para ser educadora, percebi que estava faltando algo muito especial. Meu ideal de escola não combina com o modelo tradicional de hoje em dia. Na minha experiência docente de magistério, tive medo, muito medo até cheguei a desistir, fiquei assustada sem saber o que faria para prender a atenção daqueles 33 educandos com muita energia e disponibilidade, mente nova, buscando incessantemente um saber, mas um saber diferente do que até então lhes era passado. Depois de alguns semestres na faculdade nos sentimos detentora de um enorme aprendizado que nos leva a querer sempre mais, a sermos criticas e querer sempre fazer o mais diferente possível nossa aprendizagem que acaba por refletir com certeza nos pequenos.
Para ilustrar melhor estava dando aulas em uma 3ª série e nunca tinha antes entrado em sala de aula, (só na monitoria que fiz no ensino médio, quando monitorava uma 1ª série, era incrível) mas parecia que eu estava ali somente para enfeite, as coisas que eu estava passando para eles eram muito estanques, me desanimei e parei. Achei que não seria capaz de ajudar nesta situação e sim só atrapalharia. Não me considerava digna de estar ali em sala de aula com tão pouca experiência e achando que sabia tudo, mas era apaixonante quando estava explicando algo e eles com fome de saber iniciavam um assunto que era interessante para eles, ficávamos muitos minutos conversando, mas de repente me vinha uma sensação de “matação” de “cabulação”, achava que não era assim que se dava uma aula, eu teria que estar com um caderno em minhas mãos, ditando ou escrevendo no quadro, analisando e cuidando quem estava copiando ou não, mas aquilo que eu pensava, não tinha nada a ver com o que eu estava fazendo.
Toda vez que eu parava de conversar e voltava para aquela rotina maçante e ininterrupta, pensava ainda mais na frustração que eu estava sentindo naquele momento. Acho que inúmeras vezes pensai: Não nasci para ser professora, vou desistir trocar o curso, sei lá fazer outra coisa. No fundo não era assim que eu queria dar minhas aulas. Não estava certo eu ter tanto conhecimento e ficar ali estanque e não aplica-los, pois s estou na Universidade é apara aprender e se estou em uma prática é para colocar o que aprendi, mas cadê a segurança cadê aquele apoio material que eu necessitaria para realizar minhas idéias? Perdida e sem ter com quem compartilhar minha angustia, iniciei uma busca incessante de conhecimento, muito mesmo, para tentar me diferenciar. Me afastei da sala de aula e passei algumas semanas em pleno e profundo reclusão. Li muitos autores progressiats e comecei a abrir minha mente que estava estanque grudada em livro didático (inclusive comprei um) mas acabei por descobrir que não é ele que vai me ajudar.
Vou sim ser diferente fazer diferente. Meus educandos estão ali para aprender comigo, mas na realidade quem vai aprender naquela sala de aula sou eu com toda certeza. Estou decidida como farei minhas aulas, dinâmicas sem ninguém sentado um atrás do outro, não. Mesmo com muitas crianças e uma sala de aula extremamente pequena quero fazer diferente quer o ser a autonomia que da autonomia a eles e eles serão meu suporte meu pilar de apoio, sei que desta vez estarei tentando, mas estarei tentando fazer algo em que e acredito e se tiver frutos positivo, então ficarei muito realizada. Quero muito abrir uma escola de educação infantil e vou com certeza conseguir. Acredito que até o final do ano que vem o mais tardar ela será uma concretização. Terá o nome de Centro de Educação Infantil São Lucas - CEISL. E será o berço da escola progressista libertadora, pois é exatamente essa linha que vou seguir, sei que estou muito no inicio da minha jornada, mas um dia todos têm que começar não é mesmo? Eu estou começando e melhor do que isso é que já sei onde quero chegar assim, a caminhada fica mais significativa, como exatamente eu quero que meus educandos fiquem, sintam significação em tudo que eles aprenderem e apreenderem e ensinarem para eles mesmos e para mim.
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