Dentro de mim vive um rio, que não demora irá transbordar.
Ao divino peço amor.
Ao humano um altar.
O nó na garganta que existe.
Só faz mesmo é aumentar.
Sinto muito mesmo todos os dias.
Uma vontade imensa de gritar.
Gritar ao mundo que eu não existo.
Nem aqui e nem em outro lugar.
Sou poeira, pausa, poesia.
Pedra que não para de rolar.
Cansada do dia a dia,
Não vejo a hora de parar.
Medita durante o dia, a noite não para de chorar.
Mas o que tanto pede ao sagardo?
Que eu não precise mais voltar.